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SOBRE AS DORES DE CADA UM


Gosto tanto dessa passagem de Pequena Epifania por Caio F.
Hoje é dia de escrever sobre ela:
"...um amigo me chamou para ajudá-lo
a cuidar da dor dele.
Guardei a minha no bolso.
E fui."
.
.
.
.
... porque é assim que tem de ser!

Nem sei se é erro ou não esquecer um pouco de mim
ou quase sempre para cuidar dos que amo.
Não sei ver sofrimento,
não sei ver dor,
não sei ver injustiça,
não sei ver tristeza,
não sei ver choro,
não sei ver nada que traga dor intensa...
Mas preciso exercitar a arte
de compartilhar as minhas coisas,
vou guardando,
guardando e
algumas pessoas não compreendem.
Sou esquisita mesmo,
gosto de curtir meus problemas sozinha,
ir até o fundo do poço pra submergir sozinha.
Aprendi com a vida a ser assim (nem sempre fui... ).
Será que está na hora de rever tais conceitos?
E se o que for dor pra mim não for para quem vai ouvir?
Até nisso penso...
"ahh... não vou ficar enchendo ninguém
com minhas coisas porque isso pode até ser ridículo.."
Mas quem sou eu pra mensurar minhas próprias dores ???
E se em algum lugar tiver um amigo de verdade que faça como eu??
Disposto a me ouvir e ter sempre algo de bom que
me faça ver a vida de outra forma =/
Queria um amigo como eu (modesta??)
não! realista...
Mas sabe, no fundo no fundo,
gosto muito de ser assim.
Não sei ser diferente... INdiferente como disse acima.
É bom também ouvir dos outros coisas do tipo:
"Você é um anjo de prontidão!!"
O reconhecimento do que fazemos pelo outro
é bom para o nosso próprio crescimento pessoal.
Me perdoem alguns amigos se falhei
de alguma forma algum dia, não sou de ferro.
Pode ter certeza que quando isso aconteceu,
eu não estava indiferente a sua dor,
eu só estava sentindo uma dor tão grande
que não cabia dentro do meu bolso,
como fazia o grande Caio...
Beijos a todos e bom sábado

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"Sempre fui sentimental e nunca levei adiante relações em que não estivesse emocionalmente envolvida, e por mais que eu pareça ser durona, é apenas fachada. Só eu sei o quanto já sonhei em ser uma princesa resgatada da torre de um castelo." (Martha Medeiros, em: Fora de Mim)

Fale por mim querido Caio

“... ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, ...uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.” Caio F.

DO REAL IMAGINÁRIO

Porque no meu Universo, eu escrevo do jeito que eu quiser. Inclusive no invisível.